Hoje resolvi escrever sobre arte, e sobre o caminho que penso seguir nos próximos tempos. Até agora tenho tido um caminho um tanto disperso... ainda não me encontrei (ver : http://davincigallery.net/art/manuela_sobral.html).
Também não sei se indo pelo percurso que pretendo seguir agora, se é isto que pretendo ou se o vou seguir por muito tempo... Como na vida, cada dia é uma vivência, e por isso cada dia vamos tendo solicitações exteriores que nos levam às vezes a mudar o nosso percurso. Isso acontece também na arte. Vamos vendo coisas novas, ou lemos algo que nos pode influênciar profundamente.
Em 2007, vi uma foto de um corte histológico de uma glândula da tiróide num livro de fisiologia humana e achei tão diferente e ao mesmo tempo tão bonito que resolvi começar a tentar representá-lo. Comecei com algum afinco, mas entretanto desisti não sei bem porquê... e depois enveredei por outras coisas.
Entretanto em Maio deste ano, para a Bienal de pintura de pequeno formato, Prémio Joaquim Afonso Madeira em Alhos Vedros (Moita) ver video, resolvi concorrer com a representação de um corte histológico de uma cartilagem, e como na altura estava a tirar o curso de pintura da Ar.co em que a técnica mais utilizada era o óleo, resolvi fazê-lo a óleo. Não ganhei o prémio mas o meu trabalho foi selecionado para a exposição. O trabalho foi este:
"Cartilagem fibrosa" - Óleo s/tela 24x30x1 cm - Maio 2011
Entretanto e para a exposição aniversário da Artesfera que ainda está a decorrer e que inaugurou no passado sábado dia 3 no Núcleo de Artes Plásticas do Barreiro (http://artesfera.wordpress.com/), resolvi acabar o quadro que tinha começado em 2007 relativo à glândula da tiróide. É um quadro com algum relevo porque utilizei um medium que tem grão e que permite dar o efeito de relevo após a mistura com o acrílico e aplicação na tela por meio de espátula. É interesssante pintar o interior. Ver que existem "mares" de fluidos que nos fazem viver. Penso que por uns tempos vou investigar e trabalhar sobre este tema. Acho que para além de ser instrutivo acaba por ser diferente porque mostra-nos por dentro como funcionamos e como somos. É este o quadro que apresentei para a exposição:
"Tiróide" - Acrílico s/tela - 80 x 100x 1 cm - Novembro 2011
A histologia estuda os tecidos biológicos, a sua estrutura e função. Nasceu com os primeiros estudiosos que se utilizaram do microscópio: Robert Hook, Malpighi, Graw, Ham, Fontana e outros; muito antes que Meyer, em 1819, desse esse nome à ciência que descreve os tecidos dos animais e dos vegetais. O termo tecido foi, contudo, introduzido por Xavier Bichat .
Os desenvolvimentos recentes na área da microscopia electrónica, a imunofluorescência e o corte por congelação permitiram um enorme avanço nesse ramo científico. Com essas novas técnicas, a aparência dos tecidos pode ser examinada, permitindo a comparação entre tecidos saudáveis e doentes, o que é bastante importante para a eficiência dos diagnósticos e prognósticos clínicos.
A observação de tecidos ao microscópio óptico é feita por transparência. É necessário que o tecido seja submetido a cortes finíssimos, através da sua inclusão num bloco de parafina, para ser cortado num micrótomo. Depois de cortado, retirada a parafina e colocado numa lâmina, o corte é fixado (para não se deteriorar) e corado. É comum a utilização de corantes que destacam determinadas partes das células (como o azul de metileno e o iodo). Essas lâminas então podem ser finalmente observadas ao microscópio óptico. Esses métodos histológicos são geralmente utilizados para a observação de tecidos animais.
Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Histologia
Sem comentários:
Enviar um comentário