
que vivia
com sua mãe e irmãos no ninho.
Numa
selva colorida, como as suas lindas penas,
que
pareciam um arco-íris.
Era ainda
novo e inexperiente,
brincalhão
e trapalhão,
e, por
isso, caiu um trambolhão
do seu
ninho para o chão.
Paulino
ficou atordoado, o coitado,
sem saber
quem era,
nem para
onde ia…
Devia ser
do galo que tinha!
Viu uma
formiga a passar,
e pensou
perguntar se era sua irmã.
Estás
louco? Meu irmão não és não!
Tenho
seis patas, antenas, sou pequenita e preta!
Paulino
lá foi pela selva fora até que encontrou uma cobra.
Voltou a
perguntar - És minha irmã?
- És
cego? Não tenho patas nem bico.
Eu ando a
rastejar e tu podes voar!
Paulino
estava desolado!
Já não
sabia o que fazer.
Sua
família queria encontrar,
para
poder com eles brincar.
Encontrou
um lago, e nele um sapo,
ao qual
perguntou se era seu irmão.
-Tenho
quatro patas e ando dentro de água.
diz o
sapo - teu irmão não sou não!
Já viste
o teu reflexo? Diz o sapo espertalhão.
-
Reflexo? O que é isso? Pergunta Paulino confuso.
- Olha
para a água e nela podes ver a tua imagem.
Ser um
espelho é um dos seus usos!
Paulino
olhou, e espantado ficou.
Que lindo
era! Achou.
Que
lindas penas e que bico mais amoroso.
Ah,
afinal sou assim!
E com
tanta alegria ficou,
que
começou a voar.
Até que
ao longe finalmente encontrou,
a sua mãe
e irmãos no ninho a brincar! "
Manuela Sobral para Lara Sobral Anastácio
Sem comentários:
Enviar um comentário